domingo, 10 de maio de 2009

Soneto do Nauta(vestibulando)


Zarpei de um porto calmo e seguro
Para me atirar em oceanos
De onde não se vê mais que o nevoeiro
De onde só se ouve lendas e mitos

A correnteza me leva em direção
Ao risco das sereias e seus encantos
E à batalha contra o maior dos monstros:
O gigante Adamastor da provação

Na promessa confiei piamente
De que prazer e terras teria além-mar
E por isso exauri meu corpo e mente,

Pois nunca ninguém chegou em tal lugar
Sem ante ao perigo tomar frente
Sem antes o fim do mundo ultrapassar

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Soneto de Tübingen


Ah, Tübingen, o orvalho congelado
Das suas manhãs frias matam-me de saudade,
Assim como o nascer do Sol apressado
E a noite que durava uma eternidade

Nestes dias, eu firmava amizades
Com boêmia nas margens do rio Neckar
E em meio a esta alegria de festejar
Perdeu-se, em amor, o meu peito errante

Ah, Tübingen, intacta enclausurei-te
Na minha memória, assim como o fardo
Da nostalgia vinda depois do apartar

Pois, ao transformar-me em um trausente
Vi-me também ser imortalizado
Ao deixar em tuas ruas, uma parte de mim a vagar (11)