Ó, Rosa, vejo que pela vaidade,
Em tanta seda, você se faz lustrosa,
Com o mais fino perfume, a beleza
Sua, em todo o jardim, não tem igualdade,
Porém, gostaria que soubesse, ó, Rosa,
Que uma bela flor logo tem seu poente,
Que toda seda fica velha e esgarça
E que a vaidade se esvai em um instante.
Mas, caso for verdade, belíssima flor,
Que o tempo é soberano e decadente
Para a matéria, de pequeno valor
É teu brio. Se quiser vencer o tempo,
Seja vaidosa ao que o corpo transcende
E será a mais bela em todo momento.
19/10/09
Em tanta seda, você se faz lustrosa,
Com o mais fino perfume, a beleza
Sua, em todo o jardim, não tem igualdade,
Porém, gostaria que soubesse, ó, Rosa,
Que uma bela flor logo tem seu poente,
Que toda seda fica velha e esgarça
E que a vaidade se esvai em um instante.
Mas, caso for verdade, belíssima flor,
Que o tempo é soberano e decadente
Para a matéria, de pequeno valor
É teu brio. Se quiser vencer o tempo,
Seja vaidosa ao que o corpo transcende
E será a mais bela em todo momento.
19/10/09